Sabe quando você tem aquela sensação que seus pensamentos e comportamentos repetitivos tomam o controle ? Parece um disco arranhado na mente que vai reproduzindo pensamentos obsessivos repetidamente. Talvez isso te faça reconhecer o TOC, Transtorno Obsessivo Compulsivo .
Para aqueles que convivem com o TOC ou acompanham alguém nessa jornada é importante destacar que a força, a coragem e a resiliência de todos os dias são inspiradoras. É importante que continuemos a falar abertamente sobre o TOC, desmistificando o transtorno e promovendo um ambiente de apoio e compreensão.
Nos tempos atuais os transtornos tem se manifestado com maior intensidade e isso não é tranquilo pra ninguém. Quanto mais tenta se livrar desses pensamentos e comportamentos repetitivos, conhecidos como compulsões, numa tentativa de acalmar a ansiedade que esses pensamentos causam, mais eles insistem em voltar.
Saiba que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para a recuperação. Consultar um profissional de saúde mental é fundamental para obter orientação personalizada e apoio durante o processo de tratamento, para entender como lidar com tudo isso.
Psicólogos: Eles oferecem terapia cognitivo-comportamental (TCC), que é altamente eficaz no tratamento do TOC e reduz os sintomas em cerca de 70% dos pacientes. Em alguns casos, pode eliminar completamente os sintomas
Psiquiatras: Eles podem prescrever medicamentos, como antidepressivos, que também são eficazes no tratamento do TOC. Esses medicamentos são especialmente úteis quando os sintomas são graves ou incapacitantes.
Profissionais da área da Saúde Mental, estão desenvolvendo com seus pacientes o mindfulness já ouviu falar ? Ele ensina a estar presentes no momento, observando os pensamentos e sentimentos sem julgamento. É como assistir a um filme, apenas observando o enredo sem se envolver na trama. Vários estudos mostram que o mindfulness pode ser uma ferramenta poderosa no combate ao TOC (Mat et al., 2019). Uma meta-análise recente até descobriu que o mindfulness pode ser tão eficaz quanto a terapia cognitivo-comportamental, o tratamento padrão para o TOC (Hanley et al., 2017).
O ato de meditar conecta com o corpo e respiração, acalmando a tempestade que passa por dentro (Tang et al., 2015). É como estar na praia, observando as ondas do oceano da mente, sem ser arrastado (a) pela correnteza. Não é uma solução mágica, mas pode ser um aliado poderoso na jornada para a paz interior. Você não precisa e não deveria estar sozinho nessa batalha, busque ajuda.
O mindfulness também pode ajuda a abraçar a incerteza, o pesadelo número um do TOC. Ao aceitar que a vida é tão imprevisível quanto o enredo de um livro, se torna menos necessário realizar compulsões para tentar controlar o incontrolável.
Mindfulness: significado
Para entender o que é o mindfulness, primeiro devemos saber o que significa mindfulness. O significado de mindfulness é atenção plena ou consciência plena. Mindfulness é um termo em inglês, um antigo sinônimo de attention que significa atenção. Mind significa mente, enquanto que fulness significa plenitude. A origem da palavra mindfulness é encontrada no termo sati, que em Páli significa consciência, atenção e lembrança. Atualmente, o conceito de mindfulness refere-se ao fato de ser consciente e estar atento ao momento presente. Embora possa ser traduzido para a língua espanhola, os especialistas recomendam a utilização do termo anglo-saxão ou do termo Páli, pois refletem melhor o significado da palavra.
Aqui estão algumas práticas que podem ajudar na redução do estresse e no equilíbrio emocional, especialmente para pessoas com transtornos obsessivos compulsivos (TOC):
- O Mindfulness é uma técnica que envolve focar intencionalmente no momento presente, sem julgamento. Essas práticas podem melhorar o bem-estar psicológico, reduzir a ansiedade e sintomas de depressão, além de desenvolver a atenção e habilidades de gerenciamento do estresse.
- A Aromaterapia é uma abordagem natural que pode complementar o tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). As pessoas relatam benefícios ao incorporar óleos essenciais em sua rotina.
- Redução do Estresse e Ansiedade: Certos óleos essenciais, como lavanda, camomila e bergamota, têm propriedades relaxantes e podem ajudar a aliviar a ansiedade e o estresse associados ao TOC.
- Promoção do Relaxamento: A inalação de óleos essenciais pode estimular o sistema límbico, que está relacionado às emoções. Isso pode ajudar a promover um estado de relaxamento e reduzir a intensidade dos sintomas do TOC.
- Melhoria do Sono: Alguns óleos essenciais, como óleo de lavanda, podem melhorar a qualidade do sono. O sono adequado é importante para o bem-estar emocional e o gerenciamento do TOC.
- Autoconsciência e Mindfulness: A aplicação de óleos essenciais durante práticas de mindfulness ou meditação pode ajudar a aumentar a consciência do momento presente e reduzir a ruminação obsessiva.
- Conexões Sociais: Mantenha contato regular com amigos e familiares. Isso fornece apoio emocional e reduz sentimentos de isolamento.
- Limitação do Uso de Tecnologia: Reduza o tempo de tela, especialmente antes de dormir, pode melhorar a qualidade do sono, permitindo que o cérebro libere a “melatonina”, que induz e mantém o sono.
- Atividades Relaxantes: Além da meditação, outras opções incluem ioga, tai chi, exercícios de respiração e atividades prazerosas, como ouvir música, ler ou passar tempo na natureza.
- Estratégias de auto cuidado: Envolve cuidar de si mesmo: pratique exercícios físicos, alimentação saudável, tenha um sono adequado e participe de hobbies e atividades relaxantes.
Referências:
Mat, E., Hamid, A. A., Binti Abdullah, N., & Binti Abdullah, K. (2019). Mindfulness-Based Interventions for Obsessive-Compulsive Disorder: A Meta-Analysis. Asian Journal of Psychiatry, 42, 16–24.
Hanley, A. W., Garland, E. L., & Black, D. S. (2017). Use of Mindfulness‐Based Interventions for Chronic Pain Management: A Systematic Review. Journal of Alternative and Complementary Medicine, 23(4), 269–277.
Tang, Y. Y., Hölzel, B. K., & Posner, M. I. (2015). The neuroscience of mindfulness meditation. Nature Reviews Neuroscience, 16(4), 213–225.